- Mano, o mundo tá confuso, tá tudo confuso à minha volta, uma loucura, eu me sinto perdido, e eu sinto que meu único dom é o de tentar organizar as palavras...


Viagens plásticas caras pálidas
Almas inquietas dentro dessas peles ácidas
Mentes estáticas, tantas temáticas
Mundo real em meio a guerras da informática

Questão de prática
De ódio a pátria
Bandeira nacional
Propagação letárgica

São rimas ásperas
Causando aftas
Karma inquieto
Gera consequências rápidas

Inconsequente na busca de ostentação
Indiferente na pronuncia da visão
E é evidente a discrepância da nação
Onde há tantos profetas com falácia e enganação

Busco outro contato, outro relato e outra intenção
Vivo o anonimato e o estrelato é a maldição
Sucesso imediato é o que cega minha visão
Mas busco ter mais fatos pra formar minha opinião

Promoção de mágicas, confusão de táticas
Sigo em direção dessas mentalidades sádicas!
Sinfonias, sátiras, ironias, lástimas
Mudanças de conceitos requer atitudes drásticas

Sabedoria apática, epifania estática
E o ato de existir é uma situação traumática
Irmandades básicas, igualdades trágicas
Vejo tantos gênios escravizados nas fábricas!

Se esconder, sem sair
Vim falar, não falir
Sem calar, consentir
Censurar, sem sorrir

Contestar, competir
Computar, construir
Me importar, sem sentir
Me encontrar, conseguir


- E ai surgem as críticas, surgem as cobranças, tudo à minha volta parece me pressionar para fazer algo que eu nem sei o que é... Felizmente eu nem ligo!


Tentei falar, tentei mostrar que não me importo
Pra contestar tive que sonegar impostos
Vou me virar pois vão ter que contar os corpos
E não vou me matar pois eu posso voltar dos mortos

E eu quis reportar por ter tanta contradição
Tentei contrariar, cometi outra contravenção
Não vou me comportar nem tenho consideração
Não pense em me controlar senão te causo convulsão

Tentaram me calar e eu já sei quantos são
Nenhum vai escapar sem sofrer uma contusão
Muitos enlouqueceram e eu ainda consto são
Mantendo meus pensamentos em eterna construção

Na condução de uma alcateia, de lobos solitários
Sei que solidariedade não substitui salário
Sem uma revolução, se dizem revolucionários
E se perdem na missão seguindo falsos missionários

Como mestre da matilha
Que segue na guerrilha
Eu quero construir um legado
Não só constituir família

Coração em combustão
Sem ter “busão” e itinerário
Sentimentos são palavras
Que não acho no dicionário

Então evito a prensa
Os golpes da imprensa
Pode me achar errado
Mas não me importa o que pensa

E o que te direciona?
Ou motiva sua crença?
Me tornei diferente
Por pregar a indiferença!


-Eles querem algo pop, algo fácil de digerir, com um refrão fácil de decorar, mas a minha música tem refrão, e se eles não conseguem decorar, que se afoguem na própria ignorância! É FÁCIL!


Promoção de mágicas, confusão de táticas
Sigo em direção dessas mentalidades sádicas!
Sinfonias, sátiras, ironias, lástimas
Mudanças de conceitos requer atitudes drásticas

Sabedoria apática, epifania estática
E o ato de existir é uma situação traumática
Irmandades básicas, igualdades trágicas
Vejo tantos gênios escravizados nas fábricas!

Se esconder, sem sair
Vim falar, não falir
Sem calar, consentir
Censurar, sem sorrir

Contestar, competir
Computar, construir
Me importar, sem sentir
Me encontrar, consegui